sábado, 18 de maio de 2013

Personal Learning: um pretexto para (re)pensar a aprendizagem em plataformas digitais (Capítulo VI)


Comentário crítico ao artigo de Maria Augusta Nascimento

in Monteiro, A.;Moreira, A.J.Almeida, A.C. (2012) Educação Online: pedagogia e aprendizagem em plataformas digitais. Defacto: Santo Tirso – Portugal

 
Maria Augusta Nascimento dedica este capítulo à compreensão do processo de aprendizagem autodirigido, no qual o aprendente faz a gestão da sua própria aprendizagem, apoiando-se em plataformas digitais e propõe-se repensar a aprendizagem face às mudanças profundas e aceleradas a que temos vindo a assistir. A aprendizagem autodirigida ao longo da vida tornou-se numa capacidade essencial face à Era da Informação, da Globalização dos mercados e da evolução científica e tecnológica. Estas mudanças têm levado a uma ligação entre a aprendizagem formal e não formal e têm respondido á necessidade de promoção da aprendizagem ao longo da vida e sua gestão, potenciando assim o enquadramento organizacional dos mecanismos e processos que envolve. A autora começa por clarificar o conceito de personal learning/ambiente pessoal de aprendizagem: “um dos mais relevantes e promissores no domínio da  aprendizagem digital. Considera-se (...) que a 2.0, está a modificar o paradigma de ensino aprendizagem, (...). Estes ambientes pessoais de aprendizagem de cariz multidimensional (pessoas/comunidades, ferramentas /recursos), são suportados por tecnologias centradas na interação social e na colaboração, desenrolam-se em plataformas e comunidades e cuja atividade  e organização de cada individuo determina a sua aprendizagem autodirigida, que está, sem dúvida assente numa forte autonomia, controlo, capacidade de empreender, motivação, capacidade autorregular e incorporar processos individuais e coletivos de trabalho. A multidimensionalidade da aprendizagem autodirigida estrutura-se a partir das dimensões psicológica (controle psicológico sobre a sua própria aprendizagem, envolvendo aspectos da personalidade e motivacionais e processos cognitivos e metacognitivos), pedagógica (controlo sobre os processos de aprendizagem) e social (articulação entre variáveis contextuais e situacionais e as interações em contextos informais ou formais). A partir do novo panorama tecnológico assente na Web 2.0 e mais recentemente na Web 3.0  e com um desenvolvimento inegável do e-learning, a aprendizagem em rede, coloca a enfâse na autonomia e no conectivísmo, o que modifica definitivamente a aprendizagem humana, sobretudo ao nível do envolvimento e interação entre as pessoas relativamente aos conteúdos distribuídos online. Assim, é pertinente o desenvolvimento da investigação ao nível da educação formal em aspectos como a natureza da aprendizagem e o papel do educador face a estas novas realidades.

 

Madalena Franco Teixeira

 

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